Deixe-me vulgarizar teu corpo
Ter-te por inteira
Até acabar por você
O meu gozo
Libertinagem contigo
Em minha casa
Que jaz teus rins
O meu amigo
Consinta o meu corpo
Entre tuas pernas
Aparte seus joelhos
E deixe-me descansar
Não aceite que o telefone
Interrompa o nosso coito
Não me deixe assim sendo
O repugnante desgosto
Trance suas pernas
Sobre minhas costas
E não me deixe fugir
Quando em teu ventre
For explodir
Deixe-me sentir
O teu coração pelo dorso
Deixe-me vulgarizar teu corpo
Porque eu não sei amar
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
Quando o desespero pesa na balança
Uma coisa vos digo, caros leitores: esse intercâmbio tem que me render excelentes frutos, pois o trabalho e desgaste que estou tendo não é brincadeira. A começar pelo emprego. Após muitas tentativas e vários "quando chegar aqui, te entrevistamos", decidi parar de dar soco em ponta de faca e correr atrás apenas de casa. Sim. Porque lá, infelizmente não é um país tropical, abençoado por deus e bonito por natureza (mas que beleza!). Se você quiser dormir no banco da praça ou embaixo da ponte, amanhecerá picolé. Entrementes (as vezes gosto de falar difícil, pra variar), o aluguel das casas em Vail são muito caros. A cidade é minúscula, tem cerca de 5 mil habitantes e o lugar é muito frequentado por gringos cheios da grana. A região é uma das melhores dos Estados Unidos para a prática de esqui e snowboard. Sente o drama:
E é exatamente por essa desproporcionalidade entre oferta e procura de casas que faz com que o preço chegue lá em cima. Uma casa com 3 quartos e 3 banheiros não sai menos que U$ 2500/ mês. Claro que aí dá pra dividir em 5 caras. Mas mesmo assim, é bem complicado de achar moradia.
Por essa e outras o meu intercâmbio tá me proporcionando um amadurecimento bacana, sabe? Isso que ainda nem cheguei lá e nem tive que passar pelas entrevistas de emprego em inglês. O fato de eu ter que correr atrás de tudo é uma pressão grande, mas ao mesmo tempo, interessante e funciona como um tipo de treinamento. Afinal de contas, lá não vai ter papai nem mamãe pra resolver meus pepinos. Serão 3 meses vivendo em um país diferente, com uma cultura diferente, pessoas com hábitos e língua diferentes e você lá no meio disso tudo. Sozinho.
Claro que de vez em quando bate aquele medo e ansiedade. "Porra! Pisei no aeroporto em Denver. E agora?" Mas a vantagem dessa situação é que, como você, muitas pessoas estão no mesmo barco. Então sempre rola aquela clima de cooperação entre a galera. Desesperados, porém unidos. Hahaha!
Bom, feras. É isso aí... até a próxima.
E é exatamente por essa desproporcionalidade entre oferta e procura de casas que faz com que o preço chegue lá em cima. Uma casa com 3 quartos e 3 banheiros não sai menos que U$ 2500/ mês. Claro que aí dá pra dividir em 5 caras. Mas mesmo assim, é bem complicado de achar moradia.
Por essa e outras o meu intercâmbio tá me proporcionando um amadurecimento bacana, sabe? Isso que ainda nem cheguei lá e nem tive que passar pelas entrevistas de emprego em inglês. O fato de eu ter que correr atrás de tudo é uma pressão grande, mas ao mesmo tempo, interessante e funciona como um tipo de treinamento. Afinal de contas, lá não vai ter papai nem mamãe pra resolver meus pepinos. Serão 3 meses vivendo em um país diferente, com uma cultura diferente, pessoas com hábitos e língua diferentes e você lá no meio disso tudo. Sozinho.
Claro que de vez em quando bate aquele medo e ansiedade. "Porra! Pisei no aeroporto em Denver. E agora?" Mas a vantagem dessa situação é que, como você, muitas pessoas estão no mesmo barco. Então sempre rola aquela clima de cooperação entre a galera. Desesperados, porém unidos. Hahaha!
Bom, feras. É isso aí... até a próxima.
terça-feira, 4 de novembro de 2008
Visto
Continuando a historinha, semana passada fui pro famigerado Consulado Americano tirar o pedaço de papel que garante a minha entrada na terra do Tio Sam. Chegamos as 6, a fila na frente do consulado já tava grande e eu estava sem a papelada que a agência providenciou (pois estou resolvendo tudo via internet. Ê século 21!). O pessoal que já tinha tudo pronto foi indo pra fila, onde um cara da agência de Curitiba já tinha mexido os pauzinhos pra patota não ter que enfrentar aquela fila toda. A entrevista deles estava marcada para as 7 e a moça da agência havia dito que a minha era as 8. Então nós dois começamos a ir atrás do ônibus - que tinha tomado chá de sumiço - pra pegar meus papéis que estavam lá dentro. Após muita procura, desisti e fui tomar um suquinho de laranja mui maroto na padaria em frente ao consulado. Com o organismo repleto de vitamina C, volto revigorado para pegar meus papéis e, assim, ir para a fila. Começa a prova de fogo que todo intercambiário tem que passar.
A espera é infindável, na fila fora do consulado não há lugares para sentar, além de estar sujeito às intempéries da mãe natureza. Levei sorte, estava um tempo nublado e uma temperatura amena. Mesmo assim, fiquei algumas boas horas na fila fora do portão.
Frente do consulado. A fila é bem maior que isso.
Quando finalmente estava chegando perto do portão, verifico minha pasta e vejo que meu horário era o das 7! Já era 8:30 e eu estava moscando lá na fila ainda... Aí aviso o segurança a respeito do meu horário e ele me deixou entrar na boa.
Lá dentro há uma fila que contorna todo o espaço do consulado anterior às salas. Prepare-se para perder mais alguns preciosos minutos. Após essa etapa, finalmente entramos no consulado em si. Não é permitido celulares, máquinas fotográficas e armas (tive que deixar a minha com os guardas).
Lá dentro é mais confortável. Há bancos estofados, embora nem de longe seja suficiente pra comportar a quantidade de pessoas presente. Logo de cara vc encontra e segue uma faixa amarela que lhe conduzirá adivinha pra onde? Uma outra fila. Nessa, o cara irá perguntar qual será seu tipo de visto (J-1) e entregará uma senha. Finalmente você fica livre das filas em pé. A partir desse momento, há a possibilidade de sentar num mais ou menos confortável banquinho (que é disputado a tapas). Minha senha era 8417. Antes da entrevista todos têm que fazer: pré-entrevista, pagar a taxa do visto, colher digitais e, finalmente a entrevista. Realizar tais procedimentos lhe roubará, aproximadamente, umas 3 ou 4 horas. A sorte é que dentro do consulado há um lugar para comer.
Com relação à entrevista, ela é feita em inglês e é super rápida. Os caras não farão mais que 5 perguntas, ao menos que você tenha cara de terrorista. Depois disso é só pagar 30 lascas pra eles mandarem seu visto por sedex.
Susse ou não?
Não. Definitivamente.
A espera é infindável, na fila fora do consulado não há lugares para sentar, além de estar sujeito às intempéries da mãe natureza. Levei sorte, estava um tempo nublado e uma temperatura amena. Mesmo assim, fiquei algumas boas horas na fila fora do portão.
Frente do consulado. A fila é bem maior que isso.
Quando finalmente estava chegando perto do portão, verifico minha pasta e vejo que meu horário era o das 7! Já era 8:30 e eu estava moscando lá na fila ainda... Aí aviso o segurança a respeito do meu horário e ele me deixou entrar na boa.
Lá dentro há uma fila que contorna todo o espaço do consulado anterior às salas. Prepare-se para perder mais alguns preciosos minutos. Após essa etapa, finalmente entramos no consulado em si. Não é permitido celulares, máquinas fotográficas e armas (tive que deixar a minha com os guardas).
Lá dentro é mais confortável. Há bancos estofados, embora nem de longe seja suficiente pra comportar a quantidade de pessoas presente. Logo de cara vc encontra e segue uma faixa amarela que lhe conduzirá adivinha pra onde? Uma outra fila. Nessa, o cara irá perguntar qual será seu tipo de visto (J-1) e entregará uma senha. Finalmente você fica livre das filas em pé. A partir desse momento, há a possibilidade de sentar num mais ou menos confortável banquinho (que é disputado a tapas). Minha senha era 8417. Antes da entrevista todos têm que fazer: pré-entrevista, pagar a taxa do visto, colher digitais e, finalmente a entrevista. Realizar tais procedimentos lhe roubará, aproximadamente, umas 3 ou 4 horas. A sorte é que dentro do consulado há um lugar para comer.
Com relação à entrevista, ela é feita em inglês e é super rápida. Os caras não farão mais que 5 perguntas, ao menos que você tenha cara de terrorista. Depois disso é só pagar 30 lascas pra eles mandarem seu visto por sedex.
Susse ou não?
Não. Definitivamente.
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